Opinião: Dark Triumph (Robin LaFevers)

Dark Triumph by Robin LaFevers
Editora: Andersen (2013)
Formato: Capa mole | 467 páginas
Género: Ficção YA, Fantasia, Ficção histórica
Descrição (GR): "When Sybella arrived at the doorstep of St Mortain half mad with grief and despair the convent were only too happy to offer her refuge—but at a price. The sisters of this convent serve Death, and with Sybella naturally skilled in both the arts of death and seduction, she could become one of their most dangerous weapons.
But her assassin's skills are little comfort when the convent returns her to the life that nearly drove her mad. Her father's rage and brutality are terrifying, and her brother's love is equally monstrous. But when Sybella discovers an unexpected ally she discovers that a daughter of Death may find something other than vengeance to live for . . ."
"Dark Triumph", sucede a "Grave Mercy" e conta a história de outra das jovens criadas no convento de São Mortain, Sybella.

Sybella aparece pela primeira vez no início de "Grave Mercy" e foi-nos descrita como uma rapariga rebelde, cujas experiências a deixaram à beira da loucura. O desejo de vingança é o impulso que a faz aceitar o treino do convento. Sybella aparece uma ou outra vez durante a narrativa de "Grave Mercy"; Ismae conta-nos que Sybella parece estar numa missão secreta.

Este segundo livro, detalha então a missão de Sybella e como a mesma se relaciona com a política no ducado da Britânia. A história de Sybella tem, como a própria autora nos explica no final, um tom mais pessoal. Creio que foi por isso mesmo que resultou melhor do que a aventura de Ismae; sem o peso de centrar parte da narrativa em toda a intriga política, a autora conseguiu um melhor desenvolvimento das personagens o que me fez, enquanto leitora, ligar-me mais às mesmas a nível emocional.

Suponho que seja justo enumerar novamente os critérios de que me servi para escrever a opinião do primeiro livro, de forma a tentar demonstrar porque é que achei que o segundo livro mostra uma melhoria relativamente ao primeiro:

1. A narrativa/escrita: continua a ser na primeira pessoa, presente e continua a não ser a minha forma de narração preferida, mas resultou melhor neste livro. Possivelmente porque este segundo livro se centra mais na própria Sybella e na sua relação com a sua família (os vilões, digamos).

2. Exploração confusa do enredo: que é muito mais focada neste livro. Sybella tem uma missão semelhante em muitos aspectos à de Ismae, mas não existem tantos protagonistas por quem dividir a atenção.

3. Falta de protagonismo: mais uma vez, a "falta de protagonismo" não é um problema neste livro. A Sybella tem um papel bastante central e o protagonista masculino está igualmente bem desenvolvido.

4. Exploração incipiente das "capacidades" de Sybella e de toda a mitologia em volta dos antigos deuses e do São Mortain: continua a ser um problema neste livro, de certa forma, pelo menos ao nível da mitologia em volta dos antigos deuses. Relativamente às capacidades da Sybella e das outras filhas de Mortain, existe algum progresso e neste livro, a Sybella usou realmente as suas capacidades. O facto de ser uma personagem mais inquisitiva do que a Ismae, ajudou.

No geral, um livro mais envolvente do que o primeiro. As personagens estão mais bem desenvolvidas e são mais carismáticas e a autora parece ter-se dado melhor uma vez que não foi necessária tanta exposição relativamente à política do reino. Gostei mais deste segundo livro e continuo a recomendar esta série a quem gosta de ficção histórica com alguma fantasia. Resta dizer no entanto, que dada a complexidade do enredo, estes livros poderiam ter sido melhores, na minha opinião, se fossem dirigidos a um público adulto e não juvenil.

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